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Desintermediação: desenvolvendo o próprio parapsiquismo com interdependência

Nesta edição vamos tratar de outro verbete importante, o de número 973, aula proferida por Waldo Vieira em 29 de Setembro de 2008. Era uma segunda-feira de primavera e o tema, Desintermediação, é uma especialidade da Parapercepciologia.

De acordo com o verbete, Desintermediação “é a conduta pessoal da conscin promotora da eliminação, em definitivo, do intermediário, médium, atravessador ou da interface no intercâmbio entre si e as consciexes, ou seja: empregando os próprios recursos, potenciais, parapercepções ou o autanimismo, dispensando as interferências externas nas autovivências interdimensionais ou entre a intra e a extrafisicalidade”. (Enciclopédia da Conscienciologia).

Nesta definição Waldo Vieira pretende dar o real significado ao processo de intercâmbio entre a multidimensionalidade e nós, que estamos na intrafisicalidade. Vieira explica que as pessoas em geral, devido à decidofobia – ou seja, síndrome da indecisão -, acabam terceirizando suas responsabilidades que “ficam arrimadas ou assentadas em alguém. É um processo infantil que a pessoa leva para a fase adulta. Então a maioria das pessoas quer se agarrar no parapsiquismo dos outros. Ela está submissa e se joga no processo da religião e ajoelha”, enfatiza.

Na exposição de Waldo Vieira o ideal é avançarmos evolutivamente dentro de um ambiente de respeito pelo trabalho de outras consciências. O problema começa a aparecer quando delegamos aos outros nossa capacidade de agir, decidir, numa espécie de robotização existencial, a robex.

A base das religiões é exatamente a dependência, a intermediação, do tipo “ninguém vem ao Pai senão por mim”. Daí a proliferação indesejada de santos, deuses, demônios, anjos na mitologia humana. O resultado, de acordo com Waldo Vieira, é a manipulação das consciências dependentes e carentes de orientação, em detrimento de se evoluir sabendo que todos nós temos responsabilidades e possibilidades perante a multimensionalidade e o cosmos. “A manipulação não existe apenas por culpa dos manipuladores mas também por culpa de uma média enorme de manipulados” explica Waldo Vieira. “O nosso negócio antes de mais nada é a autoconscienciologia, é a pessoa conhecer a si mesma”, conclui.

Em meio a esse ambiente de intermediação e dependência sistemática das pessoas apoiadas e arrimadas em outras, sem a devida interdependência, gera uma condição de exploração constante. Muitos procuram gurus e médiuns em busca de assistência e orientação mas são vampirizadas e manipuladas sem se darem conta. Isto é, são pessoas que não têm ideia de seu potencial energético e capacidade de resolver suas próprias questões e precisam da tutela do outro.

A manipulação não existe apenas por culpa dos manipuladores mas também por culpa de uma média enorme de manipulados.

Waldo Vieira

Essa situação de dependência doentia de outras pessoas pode ser encontrada em todos os setores da vivência humana. Além da religião, a política e outras formas de sociabilidade são exemplos muito claros de que terceirizamos, constantemente, o destino de nossas vidas, de nossa evolução.

O esforço da Conscienciologia é justamente a evolução consciencial baseada na interdependência: “dependemos” uns dos outros sem abrir mão de nossa capacidade de decidir o próprio destino. “Não somos uma religião e nem apenas uma filosofia. Somos uma ciência baseada na teática”, destaca Waldo Vieira em sua aula. Isto significa que evoluímos através da teoria e da prática, tendo nossas próprias experiências em um ambiente compartilhado com outras consciências que, como nós, querem evoluir de maneira cosmoética e interassistencial.

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